O inverno já chegou no Hemisfério Sul e, com ele, as baixas temperaturas em muitos estados do país. O clima mais frio é o favorito de muitas pessoas por reduzir os desconfortos comuns ao calor, como o suor. Porém, nem todo mundo se vê livre desse incômodo. Quem sofre de hiperidrose, condição caracterizada pelo suor excessivo, não está livre desse aspecto nem mesmo quando o termômetro está lá embaixo.
Excesso de roupas não é alternativa para esconder suor excessivo
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as pessoas diagnosticadas com essa condição chegam a suar até em repouso. Dessa forma, regiões diversas do corpo podem ser afetadas, como axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha [1].
Ou seja, quem tem hiperidrose não escapa fazendo uso das camadas de roupas comuns no inverno. Afinal, áreas expostas ainda podem gerar desconfortos aos pacientes e limitar até mesmo a sua vida social. Isso porque, ao sair e interagir com outra pessoas, a condição de sudorese pode ser percebida facilmente.
“A hiperidrose pode ser definida como um distúrbio somático provocado pela hiperestimulação do sistema nervoso simpático. O resultado disso é o suor excessivo. Não acontece apenas por alterações de temperatura, pode ter outros fatores desencadeantes, que estimulam a ação do sistema nervoso simpático”, explica a Dra. Mamy Honda (CRM-SP 130616), médica dermatologista de São Paulo.
A dermatologista ainda afirma que a hiperidrose pode ser generalizada ou focal. Enquanto a primeira pode ser proveniente de aspectos como doenças endócrinas ou neurológicas; a focal pode não ter uma causa específica ou, ainda, estar associada à obesidade, menopausa, drogas antidepressivas ou álcool.
Saiba mais sobre a hiperidrose em artigo.
Tratamento injetável pode ajudar com hiperidrose
Nesse cenário, a busca por minimizar o desconforto com a condição também não deve ser exclusividade do verão. Uma boa alternativa é aproveitar o inverno para se submeter aos tratamentos que têm atuação na hiperidrose.
“ Há a possibilidade de tratamento com uma substância que atua nas terminações nervosas, bloqueando o estímulo para a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas. Com base nesse mecanismo de ação, o uso dela se mostrou eficaz no tratamento da hiperidrose”, esclarece a Dra. Mamy Honda.
E, o melhor: o tratamento pode ser feito nas áreas que já citamos como sendo afetadas pelo problema, como palmas das mãos e axilas. Uma boa possibilidade para finalmente deixar de lado esse desconforto, certo? O ideal, porém, é que você realize uma consulta prévia com o seu profissional de saúde especialista para entender a origem da hiperidrose no seu caso. Com avaliação e acompanhamentos especializados, as chances de sucesso são maiores.
FONTES:
[1] https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/hiperidrose/11/
06/2021BR-OTH-2100160